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PATRIMÓNIO CULTURAL & NATURAL

Soajo «

Aglomerado Rural de Assureira

Na estrada de Soajo para a Peneda encontramos este núcleo rural. Possivelmente o mais preservado aglomerado da Peneda-Gerês. As construções são todas em granito com a patine do tempo bem presente, o que funde o casario com a encosta onde foram construídas. Os lameiros desenvolvem-se em socalcos e acompanham a descida da encosta desde a aldeia. Destaque para os espigueiros, a ponte, os moinhos de água e a antiquíssima calçada granítica.

Aglomerado Rural do Soajo

O Soajo é um aglomerado populacional centrado em redor de uma praça para a qual convergiam outrora, todos os caminhos e ruelas do sitio. É um curioso urbanismo radial, com leque mais amplo para Sul e para a mancha dos campos e ruelas, cheias de cotovelos, ainda hoje mais passeadas pelos animais e aves de capoeira que pelos homens.

Antas da Serra do Soajo

Integrado no conjunto de monumentos megalíticos conhecidos como Antas da Serra do Soajo, o Núcleo Megalítico do Mezio incorpora cerca de uma dezena de monumentos, distribuídos por uma zona planáltica de cerca de 2km, datados com mais de 5000 anos.
O grupo megalítico do Mezio é um caso raro de importância, não só pela informação científica que permitiu colher, mas também pela recuperação e valorização patrimonial de um período tão remoto e único.

Artefactos de Madeira (Espigueiros)

O trabalho da madeira, testemunhando gratas memórias nas gentes do Alto Minho, das suas vivências no trabalho, manifesta-se permanentemente nas suas actividades, no cultivo dos cereais, sobretudo do milho, armazenado e "trabalhado" na sua secagem, recorrendo a espigueiros e ou canastros, aproveitando deles as óptimas qualidades de secagem natural da matéria-prima, base de um povo caracterizado por uma árdua e trabalhosa agricultura de subsistência.
Arcos de Valdevez e Ponte da Barca são as capitais dos Espigueiros, com exemplos arquitectónicos de subida importância, com ênfase no conjunto de Espigueiros do Soajo (Arcos de Valdevez) e Lindoso (Ponte da Barca), a meias com o Parque Nacional da Peneda-Gerês. São, também, fonte de inspiração de artesãos da região.

Bordados do Alto Minho

O bordado e a renda são o espelho da alma de quem os executa, buscando inspiração na natureza ao redor, natureza de contrastes, agreste ou suave, de mar e terra, rio e monte, tons suaves ou garridos, de sol, de céu, de flores, de peixes ou aves.
O Alto Minho é uma região onde a arte de bordar constitui importante e variada riqueza, espreitando por toda a "Ribeira Lima", parte integrante desta belíssima fatia de terra portuguesa, onde as bordadeiras e as rendeiras transmitem tradições e heranças. São diversos os tipos de bordados executados, desde os afamados e tradicionais "trajes regionais", aos bordados feitos em peças de linho e algodão: toalhas, panos, centros de mesa, lenços, de entre outras peças, não esquecendo os emotivos Lenços de Namorados.

Branda de Mosqueiros

A Idade Média marca a época de construção da Branda de Mosqueiros, um povoado sazonal apenas de pastoreio, muito bem integrado na paisagem. Conjunto de abrigos de falsa cúpula construídos com lajes de granito sumariamente afeiçoadas, disseminados ao longo da chã, dispondo apenas do piso térreo. Junto de cada abrigo, desenvolve-se um pequeno cercado para o gado, fronteiro à estrada. No interior dos abrigos o piso é de terra batida.

Espigueiros do Soajo

Estes espigueiros distribuem-se, uns junto dos outros, pela superfície de um volumoso afloramento de granito, que serve de eira colectiva. São vinte e quatro espigueiros de tipo galaico-minhoto, de corpo baixo e alongado com construcção em pedra, variando a forma dos esteios da cobertura, nas mesas e padieiros. Caracterizam-se pleas fendas verticais no canastro, pelos telhados de duas águas e pilares de sustentação.
Com elementos arquitectónicos integráveis nos séculos XVIII e XIX, encontram-se classificados como Imóvel de Interesse Público.

Fauna P.N. Peneda-Gerês

Quanto à fauna, o Gerês é a região do País mais rica em caça grossa, apesar de ter sido extinta, pela maléfica acção do homem, a cabra selvagem. Além de javalis e de lobos, a serra tem veados, texugos, lontras, martas, tourões, etc. A águia-real, apesar de rara, persiste na vigilância das alturas do Gerês. Como também subsiste a perdiz-cinzenta, que é uma espécie pouco comum.
À fauna selvagem há, porém, que acrescentar duas espécies domésticas de elevado valor: o cão de Castro Laboreiro e o boi-barrosão. Nativo da serra do Soajo e do planalto de Castro Laboreiro, o cão de Castro Laboreiro é um animal de aspecto rude e bravo, que outrora era utilizado na caça grossa. Apesar de manso e fiel guardador, ainda hoje multa gente o considera aparentado ao lobo, ideia que é reforçada pelo facto de este cão sorver a água em vez de a lamber.

Flora P.N. Peneda-Gerês

Nesta região montanhosa, a orientação diversificada do relevo, as variações bruscas de altitude, o entrelaçar das influências dos climas atlântico, mediterrânico e continental dão origem a uma infinidade de microclimas. Estes, associados à constituição essencialmente granítica do solo, criam características particulares, donde resultam aspectos botânicos muito especiais, que conferem ao Parque Nacional da Peneda do Gerês um lugar de primazia em relação à de mais flora portuguesa.
Assim, nas encostas dos vales mais quentes e abrigados aparecem, entre outras, o Sobreiro, o Medronheiro, o Azereiro, o Feto do Gerês, o Feto Real e a Uva do Monte. Nas zonas onde se sente mais a influência do clima atlântico e em altitude existe uma clara predominância do Carvalho.

Gastronomia da região do Soajo

Na zona da serra do Soajo/Amarela, são muitos os pratos típicos confeccionados, mas salientam-se as Papas de Sarrabulho, os Rojões, o Cozido à Portuguesa, a Lampreia e a Truta. Na doçaria regional incluem-se Charutos de Ovos Moles, Rebuçados dos Arcos, e Doçaria Sortida.

Igreja do Soajo

Interessante templo em cantaria, com torre sineira adossada à direita da frontaria. Possui um singelo mas elegante escadório.

O Carvalho (região do Gerês)

Nas zonas onde se sente mais a influência do clima atlântico e em altitudes que podem ir até aos 800 -1000 metros surgem as matas de Carvalho Comum, que se associa muitas vezes ao Azevinheiro. Este podendo subir até aos 1300 metros, toma por vezes porte arbóreo e constitui nalguns casos, por si só, verdadeiras matas.
Acima dos 900 metros o Carvalho Comum cede o lugar ao Carvalho Negral, ocorrendo também o Vidoeiro, espécie já característica da zona euro-siberiana, tal como o Pinheiro de Casquinha e o Teixo, localizados em altitude, nos vales mais húmidos e abrigados e representando restos de uma flora pós-glaciar.

O Garrano (região do Gerês)

Animal forte, «de rija têmpera, sóbrio, muito cioso e rufão por índole», o garrano tem por habitat principal o vale do Gerês a norte da povoação do mesmo nome, alimentando-se de grande variedade de vegetais, desde ervas até plantas arbustivas e arbóreas. Apesar dos sucessivos cruzamentos que suportou ao longo dos séculos, o garrano é provavelmente um representante longínquo da fauna glacial do fim do Paleolítico.

Pelourinho do Soajo

A praça da aldeia do Soajo é presidida por um pelourinho, o qual está classificado como Monumento Nacional, com um simples esteio ao alto, muito próximo do habitual «tronco» do século XIII. É um monumento tosco, de enorme valor histórico e etnográfico - testemunho do tempo em que esta povoação serrana foi vila. A data da sua edificação é incerta, embora o foral dado à vila por D. Manuel em 1514 possa lançar a sua construção, iniciando a sua funcionalidade de marco jurisdicional.

Aglomerado Rural de Assureira

Aglomerado Rural do Soajo

Antas da Serra do Soajo

Artefactos de Madeira (Espigueiros)

Bordados do Alto Minho

Branda de Mosqueiros

Espigueiros do Soajo

Fauna P.N. Peneda-Gerês

Flora P.N. Peneda-Gerês

Gastronomia da região do Soajo

Igreja do Soajo

O Carvalho (região do Gerês)

O Garrano (região do Gerês)

Pelourinho do Soajo