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PATRIMÓNIO CULTURAL & NATURAL

Germil «

Aglomerado Rural de Germil

Aglomerado de características serranas dividido em dois núcleos; um primeiro, em maior altitude, que apresenta um conjunto bastante interessante de casas típicas, usadas para abrigo de gado e de instrumentos agrícolas, e espigueiros construídos em pedra e em ripas de madeira; o segundo núcleo, localizado numa zona mais baixa do Germil, apresenta uma eira inserida no centro de várias habitações, sendo neste local que se encontra a maior concentração de espigueiros.

Artefactos de Madeira (Espigueiros)

O trabalho da madeira, testemunhando gratas memórias nas gentes do Alto Minho, das suas vivências no trabalho, manifesta-se permanentemente nas suas actividades, no cultivo dos cereais, sobretudo do milho, armazenado e "trabalhado" na sua secagem, recorrendo a espigueiros e ou canastros, aproveitando deles as óptimas qualidades de secagem natural da matéria-prima, base de um povo caracterizado por uma árdua e trabalhosa agricultura de subsistência.
Arcos de Valdevez e Ponte da Barca são as capitais dos Espigueiros, com exemplos arquitectónicos de subida importância, com ênfase no conjunto de Espigueiros do Soajo (Arcos de Valdevez) e Lindoso (Ponte da Barca), a meias com o Parque Nacional da Peneda-Gerês. São, também, fonte de inspiração de artesãos da região.

Bordados do Alto Minho

O bordado e a renda são o espelho da alma de quem os executa, buscando inspiração na natureza ao redor, natureza de contrastes, agreste ou suave, de mar e terra, rio e monte, tons suaves ou garridos, de sol, de céu, de flores, de peixes ou aves.
O Alto Minho é uma região onde a arte de bordar constitui importante e variada riqueza, espreitando por toda a "Ribeira Lima", parte integrante desta belíssima fatia de terra portuguesa, onde as bordadeiras e as rendeiras transmitem tradições e heranças. São diversos os tipos de bordados executados, desde os afamados e tradicionais "trajes regionais", aos bordados feitos em peças de linho e algodão: toalhas, panos, centros de mesa, lenços, de entre outras peças, não esquecendo os emotivos Lenços de Namorados.

Fauna P.N. Peneda-Gerês

Quanto à fauna, o Gerês é a região do País mais rica em caça grossa, apesar de ter sido extinta, pela maléfica acção do homem, a cabra selvagem. Além de javalis e de lobos, a serra tem veados, texugos, lontras, martas, tourões, etc. A águia-real, apesar de rara, persiste na vigilância das alturas do Gerês. Como também subsiste a perdiz-cinzenta, que é uma espécie pouco comum.
À fauna selvagem há, porém, que acrescentar duas espécies domésticas de elevado valor: o cão de Castro Laboreiro e o boi-barrosão. Nativo da serra do Soajo e do planalto de Castro Laboreiro, o cão de Castro Laboreiro é um animal de aspecto rude e bravo, que outrora era utilizado na caça grossa. Apesar de manso e fiel guardador, ainda hoje multa gente o considera aparentado ao lobo, ideia que é reforçada pelo facto de este cão sorver a água em vez de a lamber.

Flora P.N. Peneda-Gerês

Nesta região montanhosa, a orientação diversificada do relevo, as variações bruscas de altitude, o entrelaçar das influências dos climas atlântico, mediterrânico e continental dão origem a uma infinidade de microclimas. Estes, associados à constituição essencialmente granítica do solo, criam características particulares, donde resultam aspectos botânicos muito especiais, que conferem ao Parque Nacional da Peneda do Gerês um lugar de primazia em relação à de mais flora portuguesa.
Assim, nas encostas dos vales mais quentes e abrigados aparecem, entre outras, o Sobreiro, o Medronheiro, o Azereiro, o Feto do Gerês, o Feto Real e a Uva do Monte. Nas zonas onde se sente mais a influência do clima atlântico e em altitude existe uma clara predominância do Carvalho.

O Carvalho (região do Gerês)

Nas zonas onde se sente mais a influência do clima atlântico e em altitudes que podem ir até aos 800 -1000 metros surgem as matas de Carvalho Comum, que se associa muitas vezes ao Azevinheiro. Este podendo subir até aos 1300 metros, toma por vezes porte arbóreo e constitui nalguns casos, por si só, verdadeiras matas.
Acima dos 900 metros o Carvalho Comum cede o lugar ao Carvalho Negral, ocorrendo também o Vidoeiro, espécie já característica da zona euro-siberiana, tal como o Pinheiro de Casquinha e o Teixo, localizados em altitude, nos vales mais húmidos e abrigados e representando restos de uma flora pós-glaciar.

O Garrano (região do Gerês)

Animal forte, «de rija têmpera, sóbrio, muito cioso e rufão por índole», o garrano tem por habitat principal o vale do Gerês a norte da povoação do mesmo nome, alimentando-se de grande variedade de vegetais, desde ervas até plantas arbustivas e arbóreas. Apesar dos sucessivos cruzamentos que suportou ao longo dos séculos, o garrano é provavelmente um representante longínquo da fauna glacial do fim do Paleolítico.

Aglomerado Rural de Germil

Artefactos de Madeira (Espigueiros)

Bordados do Alto Minho

Fauna P.N. Peneda-Gerês

Flora P.N. Peneda-Gerês

O Carvalho (região do Gerês)

O Garrano (região do Gerês)